segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

N.E.O.Q.A.V.

Construí castelos, e vi suas ruínas
Me tornei um criminoso
Fui morar nas esquinas

Vivo em fuga do futuro
Tentando burlar as horas
Tentando voltar os segundos

Sou hoje escravo de um passado
Somente mais um ninguém
Sou do tempo um refém

Despercebidamente o vazio me consome
Já virou rotina, no silêncio gritar seu nome
As lembranças ao meu pranto não atende.

Quando me dou por vencida
Tua saudade vem e grita: Viva!
Quando no vazio da noite só resta solidão
Teu nome em silêncio diz: Não!

Queria de volta aquele passado
Num triste aceno o fracasso
De não conseguir burlar o calendário

Estou olhando para você de olhos fechados
Tatuei na memória o teu retrato
Levo eternamente comigo,
facilmente te encontrar em outra vida

Faço do que me resta
O sepulcro destes versos
Dedicados a você assim me despeço.
Nunca esqueça o quanto amei você

Soneto N.E.O.Q.A.V.



Eu estou olhando para você de olhos fechados
Minha lembrança constante, meu eterno namorado
A saudade completa a parte que falta em mim
A parte que foi embora deixando dor sem fim.

Meus passos não te alcançam mais
Meus gritos o vento é quem trás
Tudo que eu tenho é na memória o teu sorriso
Toda a imensidão de um amor que levo comigo

Tudo que planejamos hoje vive em sonhos,
Você seria o pai dos meus filhos, jurou ser eterno amigo
Mas meu grande amor hoje é saudade

Acidentalmente meu desespero se torna palavras
Eu te doei meus dias, minha vida, minha estrada
Mas nenhum poema cura, minha alma inteira nua.