Construí castelos, e vi suas ruínas
Me tornei um criminoso
Fui morar nas esquinas
Vivo em fuga do futuro
Tentando burlar as horas
Tentando voltar os segundos
Sou hoje escravo de um passado
Somente mais um ninguém
Sou do tempo um refém
Despercebidamente o vazio me consome
Já virou rotina, no silêncio gritar seu nome
As lembranças ao meu pranto não atende.
Quando me dou por vencida
Tua saudade vem e grita: Viva!
Quando no vazio da noite só resta solidão
Teu nome em silêncio diz: Não!
Queria de volta aquele passado
Num triste aceno o fracasso
De não conseguir burlar o calendário
Estou olhando para você de olhos fechados
Tatuei na memória o teu retrato
Levo eternamente comigo,
facilmente te encontrar em outra vida
Faço do que me resta
O sepulcro destes versos
Dedicados a você assim me despeço.
Nunca esqueça o quanto amei você
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