domingo, 6 de setembro de 2009

Devaneios



Amor... O tempo vai passando e cada vez eu sei que menos sei sobre o amor. Tenho a sensação de que eu, na viagem que é a vida, ao envéz de ser um passageiro, eu fui a estação, que continuou o tempo todo no mesmo lugar. Fiquei o tempo todo aqui envelhecendo sozinha, enquanto os outros passavam, cresciam, mudavam-se de lugar, rumo e direção.

A cada dia que passa eu sei menos, eu minto mais, eu minto pra mim, minto para todos a minha volta. Escrevo e reescrevo perfis de uma pessoa ideial, ideal e ficticia que nunca esteve aqui, apenas um personagem quem sabe, do meu diário encantado, e jamais vivenciado.

Todas as noites as estrelas brilham cada vez mais solitárias, eu só tenho a elas, e elas quem sabe a quem... Eu compuz, eu cantei, e eu gritei, em devaneios para que todos me ouvissem, mas a viagem pode ser curta para ouvir algum ninguém.

Um amor que não sabe o que bem é; um amor que não sabe o que quer; um amor que mata para morrer de amor, para sofrer a dor e mudar sua pacatidão . A verdade é que eu fingi o tempo todo, eu fingi que ele era você, e amei ele, eu beijei ele, em uma maldita, maldita ilusão, ilusão de poder viver você.

Os trêns que traziam minhas paixões, um dia trouxe um tal cantor, mas eu era estação e ele se foi, para que eu morresse de amor. O meu cantor! Mate-me, seduzida-me para que eu venha a morrer em teus braços, abraços, delirios apaixonados.

Amor... O que é o amor, todo tempo que eu pensei que amava alguém, estava vivendo você, mas se isso é amor, porque solidão? Eu sou mesmo assim, um nada dentro de mim, apenas um querer estar, sem encontrar. E o meu cantor que foi um dia embora, deixou apenas uma canção, uma canção para sua estação, canção que eu vivo a cantar... Vou te amar, Vou te amar, onde quer que esteja, onde venha a estar...


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